Estava o Silva descansadinho na sua casa, lápis na mão e papel à sua frente, porventura escriturando o parco apuro do dia (custa aceitar mas, com a Cátia Vanessa de férias... as pataniscas não são as mesmas!), ou quiçá refazendo a Ementa para o dia seguinte (acrescentando-lhe a "Sopa de Morangos", chamariz doutra tasca vizinha), quando lhe entra, porta adentro, um outro Silva, com "a patroa e os gaiatos atrás"!
Não faltava mais nada! Então não é que estes, tendo anunciado aos "sete ventos" umas férias em "litorais de águas quentes, com tudo pago", resolvem afinal trocar para umas férias "em interiores de águas frias, com tudo a pagar"??! Forretas!!!
No entanto, como Deus ajuda os pobres, e estes ajudam-se entre si, eis que no dia seguinte o Silva residente oferece ao Silva forasteiro (e famelga incluída) uma visita guiada pelas redondezas. Coração grande o deste Homem!
Tasca fechada, montanha arriba, lá foram eles, cantando e rindo!
E foi aqui que descobriram que, pelos interiores que "só os bons conhecem" , também há:
Quintas do Lago
Festivais de Sossego
Auto-Estradas de Paz
Hipermercados de Tranquilidade
Desafios de "Outros Tempos"
Chegados ao fim do dia, "completamente bêbados" de imagens inesquecíveis e "empanturrados" de sensações únicas, ficou a impressão de que os muitos "Muito Obrigado" ao Silva .. pareceram "poucos".
Contudo ficou uma certeza: valeu a pena "A Troca"!
6 Comments:
Houve um certo Socrates (o da antiguidade, pois que o Socrates de agora não é pessoa que aprecie algo que preste) que defendia (e se bem me lembro era só) o Belo, o Bonito e o Verdadeiro.
Pois em relação a este relato -- e tudo-o-mais que com ele nos foi trazido pelo insigne tasqueiro -- digo mais de que Socrates, pois que digo:
Bom, Belo, Bonito, Verdadeiro, Poético e "Muito Bem Visto"!!!
Sem duvida alguma, pobre é aquele que não conhece o interior profundo (e, como diriam os outros, muitas das vezes ostracizado) deste ainda lindo Pais.
E feliz daquele que consegue enriquecer o seu interior, com coisas realmente dignas de serem vistas e gozadas, em vez dumas repetidas e maçudas férias ao sol da praia.
A diferença é abismal – Se ali nas fotos do “Bil” podemos apreciar um moinho provavelmente centenário e ensinar aos nossos filhos toda a história por detrás de tal “engenho”, desde o seu funcionamento e até ao exemplo de vida daqueles que neles trabalhavam, do outro, como dizia a XI ali em baixo, passamos o tempo a apanhar com sol nas trombas (e quiçá uma calcadela, ou um monte de areia .. ou uma reles duma bola), ou, bem pior do que isso, com as taras e manias de quem nos rodeia … e isso não são férias!
Férias deveriam servir para recarregar baterias e arejar o nosso interior … e nada melhor para o fazer que no interior!
A Cátia Vanessa está de férias???? … Deus queira que tenha ido prá praia … pelo menos ali deve tomar banho … isto se não tiver vergonha de mostrar a bigodeira!
Tenho para mim que é precisamente quando o país vai a banhos para o litoral, que mais vale a pena fazer o percurso inverso.
A milhas da confusão e mais perto de como umas férias devem ser.
Gostei....tenho pena é do autor não divulgar o local.
Divulgar .. até divulgava mas .... depois a CV ( leia-se Carolina a Vaca e não Cátia Vanessa... ) ainda ía lá tomar o seu banho anual ..... e estragava aquilo tudo !!!
Se forem um bocadinho "inteligentes" e "lerem bem" o texto ... facilmente descobrem !
Mas deixo duas dicas:
1) perto ... "podemos beber à vontade a água fresca do jarro, desde que saibamos o segredo" !
2) perto ... "a Maria da Fonte, com a sua Tuba, tocava a rebate ... e a malta lá ía marchando ... ao seu ( dela ) tom "
Belo passeio.
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