sábado, 11 de outubro de 2008

CSI:TDS - "Afinal havia outra" - parte IV

O raiar do dia pintou os céus do bairro de tons alegres e inspiradores para a maioria da população. O Benfica ganhara na véspera, Cátia Vanessa conseguira finalmente desencardir o local da ocorrência com um detergente novo comprado no LIDL e a equipa de investigação do inspector Agostinho tinha apurado que Tozé era proprietário de um andar há 3 anos, tendo-o colocado à venda uma semana antes de morrer. Uma minuciosa inspecção à caixa de correio desse andar, permitiu descobrir, além de alguns vales de desconto para a pizaria do bairro, um envelope de fotos em que Tozé e Marineide Sueli apareciam juntos, em grande intimidade. Provava-se que viviam como amantes e ganhava força a tese de crime passional. Ao mesmo tempo, no laboratório dos CSI chegava o relatório toxicológico de Tozé Vilarinho.

– A nossa vítima morreu de ataque cardíaco, sem qualquer traço de drogas no sangue – disse Catarina Salgueiro lendo a conclusão do exame.

– Devemos concluir que não houve crime? – perguntou Gil Grisso.

– Calma lá! – protestou Nico – Mas eu encontrei junto do corpo um frasco de Coumadin, um anticoagulante usado para evitar a trombose ou recidiva de enfarte de miocárdio. Ora se ele tomava medicação, não deveria aparecer alguma coisa?...

– A não ser... que ele estivesse a tomar um placebo – disse Gil, arqueando a sobrancelha como só ele sabia fazer quando debitava a sua imensa sabedoria, ou quando tentava engatar alguma ucraniana nos bares de solteiros que costumava frequentar – Testaram os comprimidos encontrados?

Feitos os testes ao frasco de Coumadin, descobriu-se, não varfarina sódica cristalina, mas vulgares comprimidos de adoçante, o que, aliado às informações do inspector Agostinho sobre as fotos encontradas no apartamento de Tozé, determinou nova saída da equipa de reacção rápida CSI, com o potente Smart a levar Nico e Catarina de regresso à Tasca do Silva para falar com Marineide Sueli. Seguidos, obviamente, por 5 carros patrulha cujas sirenes, para aqueles de mente mais retorcida, fariam lembrar os gritos de prazer de José Castelo Branco quando experimenta uma nova bicicleta. Sem selim.

A entrada de rompante na Tasca permitiu apanhar a perigosa brasileira enquanto dava os acabamentos numas unhas de gel acabadas de colocar em Cátia Vanessa, cujas pontas dos dedos ficaram a parecer navalhas de um tom vermelho-quente, fogoso como o de qualquer estrela porno. Vasculhando o cacifo de Sueli, foi possível encontrar os verdadeiros comprimidos Coumadin de Tozé, bem como embalagens similares com o adoçante. Detida imediatamente, Marineide foi levada para o carro patrulha, enquanto, chorosa, gritava a sua inocência a toda a população que se juntara na porta da Tasca do Silva em busca de um espectáculo grátis sobre a miséria humana e a degradação moral.

Lá bem atrás da multidão e vendo menos do que um retardatário num concerto de Madonna, estava o incógnito Parménides Juvenal, morador do bairro que soltava uma furtiva lágrima por Marineide, pois sentia no seu coraçãozito que a brasileira não era a responsável pela morte de Tozé. Por um lado, Parménides tinha a tendência para acreditar no que dizem as pessoas de mini saia e meias de renda. Por outro, ela parecia bastante sincera quando gritava que amava Tozé e que nunca lhe faria mal. Poderia ela ter mentido à polícia sobre a discussão que tivera com Tozé?

1 Comment:

Pinto Madeira said...

tsss.. o Palérmoides tem é a tendencia e acreditar no Pai Natal... bem de qualquer maneira cheira-me que ele deve ter algo a ver com o assunto... quiça o gorduroso naose engasgou com um amendoim e o sonso do Palermoides estava com um corta unhas a espera que ele acidentalmente caisse com uma arteria em cima de tal instrumentos... [PM vai tomar comprimidos da ansiedade]