quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Se a minha mãe fosse lésbica...

Os publicitários são uns exagerados, já se sabe. Mas esse exagero não desculpa certos disparates que, por uma questão de mera lógica e de bom-senso, provocam no público a reacção exactamente oposta à que se pretende obter. Os exemplos abundam.

Por outro lado, se a homofobia é uma coisa insuportável, começam a ser irritantes algumas manifestações que pretendem promover a homossexualidade, deixando esta de ser uma mera e neutra orientação sexual. Depois de se decretar o mês de Junho como o mês do gay pride, não estará na altura de estender o ridículo e o absurdo oficializando Agosto como o mês do marialva heterossexual macho latino?

Juntos, publicitários exagerados e homossexuais ansiosos, deu asneira. Uma campanha de propaganda homossexual vem perguntar, com o maior despudor, se mudava alguma coisa se a minha mãe fosse lésbica. Como a imagem junta uma criança e uma mulher, imagino que a questão é colocada à malta mais nova. E eu julgo que a esta pergunta qualquer criança da escola primária sabe responder. Apesar de já não ser criança, eu respondo também. Se a minha mãe fosse lésbica, eu não existia. Para mim, pessoalmente, fazia uma diferença do caraças!

3 Comments:

XN said...

Ouvi há momentos na rádio o Ti Cavaco a dizer que a continuarem as coisas assim, lá para 2050 a população portuguesa estará nos 7 milhões. Que raio de contas são aquelas? ... síndrome de Guterres? ... Mas se os casamentos até vão ter tendência a aumentar!?

PJ said...

Pessoalmente, acho que gays, lésbicas e pessoal afim, se deu finalmente conta do imenso anacronismo que era andarem a defender o casamento (entre eles) numa altura em que o casamento está cada vez menos em voga.

Vai daí, ao ver que ganharam uma batalha estúpida, partiram para o seu novo desafio: forçar os hetero a entrar no armário, por vergonha de o serem.

Acham este plano disparatado? O mesmo se dizia do Tamagochi, aquilo vendeu aos milhões e quem não tinha um era um proscrito da sociedade...

Anônimo said...

Obviamente que o autor acima, onde escreveu "...se deu finalmente...", queria de facto escrever "...se deram finalmente..."

A concordância entre o sujeito e o verbo é um assunto de extrema importância, que nem o facto do autor estar em estado comatoso via SNC, justifica qualquer desvio.