domingo, 28 de setembro de 2008

CSI:TDS - "Afinal havia outra" - parte II


– Gil Grisso, criminologista – apresentou-se o recém chegado, estendendo a mão ao detective Agostinho, que chefiava a equipa de polícia responsável por fazer da Tasca do Silva algo entre um acampamento de escuteiros e um première de cinema, tal o aparato de homens, cães, equipas a cavalo e projectores de halogéneo em todo o quarteirão. - Conte-me tudo.
– Tozé Vilarinho – disse o inspector apontando para o corpo coberto com um lençol, que jazia na entrada da Tasca – 45 anos, um metro e sessenta, 128 kgs, badocha morador no bairro, apreciador de comida com altos teores de gordura, estava ao balcão a petiscar umas tiras de entremeada barradas com manteiga, quando começou a arroxear e saiu cambaleando do estabelecimento "sem sequer pagar a despesa", segundo palavras do sr. Silva, proprietário.
– Gil, – chamou Catarina Salgueiro, uma loira quarentona boa comós pêssegos em calda, vestindo um blusão azul com grandes letras CSI – o morto tem resíduos de pele nas unhas, já recolhi amostra de ADN, e existem muitos cabelos junto ao balcão.
– Encontrei um frasco de comprimidos no fundo da sarjeta,- anunciou Nico, um dos criminalistas que estava no exterior da Tasca – junto com uma ratazana cinzenta.
– Por falar nisso – disse Gil – já comia qualquer coisa. Sinto um ratito em mim.
– Eu tenho comigo uma ratita, talvez pudéssemos confraternizar...– propôs Catarina.
– ...E aquela ali ao canto? – perguntou Gil ao inspector Agostinho, desviando a conversa antes de entrar por caminhos dos quais se viesse a arrepender... ou não.
– Carmelinda Vilarinho, 40 anos, ex-esposa de Tozé, um metro e setenta, 69 kgs, 95 de busto, 60 de cintura, 90 de anca, calça 39, tem um sinal em forma de lótus sobre o seio direito, gosta de sexo tântrico...
– Ex-esposa? – atalhou Gil Grisso.
– Sim, a partir do momento em que o Tozé quinou. Um óptimo partido, se me perguntares... – suspirou Agostinho.
Gil já não ouviu este último detalhe, pois dirigiu-se à chorosa viúva.
– Carmelinda Vilarinho? Sou Gil Grisso, criminologista reputado e podre de bom. Já deve ter falado com a polícia, mas pode contar-me alguma coisa sobre o seu marido?
– ...ele ficava excitado quando eu lhe punha chantilly no umbigo e lambia...
– Eu referia-me a qualquer coisa relativa à sua morte!
– Ah, isso... Espero que apanhem rapidamente o responsável, ou neste caso, a responsável por este crime horrível...
– A responsável?
– Sim, eu estou desconfiada que o meu marido tinha uma amante. Sabe como é, um homem charmoso, na força da vida, tinha começado agora a fumar charutos pois o médico tinha-o proibido de continuar a fumar cigarros, lindo de morrer com uma vida profissional bem sucedida...
– Lindo?... – Gil franziu o sobrolho, conferindo a foto de Tozé no processo, na qual ele sorria patrocinado não por uma marca de dentífrico, mas por uma marca de mostarda, tal a quantidade de creme que lhe escorria dos lábios.
– Claro, não acha que o Tozé é um homem atraente? Para mais agora, que íamos renovar os nossos votos de casamento, é bastante óbvio que a amante teria razões para o matar.
Encontrem a amante, e terão encontrado a assassina!...

3 Comments:

Pinto Madeira said...

a amante??? eu quero é que a Carmelinda pague as entremeadas com dose dupla de gordura...pois o Silva ja descontou o prejuizo do balofo no nosso SMN!!!

PJ said...

O Silva como explorador da classe operária?...tsss, tsss...Carvalho da Silva, onde andas tu?

Anônimo said...

Hummm..cá para mim.....ou o Parménides vai acordar e foi um mero sonho...ou então.....cheira-me a umas gravações de um trailler qq e só ele não se apercebeu do facto......Serei eu Hercule Poirot? Serei eu Sherlock? Ou simplesmente não serei?!!!!!