terça-feira, 2 de setembro de 2008

Futebol

Ontem deu-me para assistir um pouco a um jogo de futebol que estava a ser transmitido pela televisão. Confirmei pela enésima vez que o futebol está uma coisa nojenta.

Decerto concordarão que seria repugnante e reprovável ver a meio de uma partida de ténis um dos jogadores mandar uma suculenta escarreta para o meio do court. Ou no final do esforço de uma corrida de natação ver o vencedor a expelir vigorosamente a ranheta do nariz para a água da piscina. Pois ambas as coisas se vêem constantemente entre os futebolistas.

O que é isto? Falta de educação higiénica? Será improvável, pois isso significaria que, por grande coincidência, todos os desportistas porcos estariam a convergir para esta modalidade. Não. A mim ninguém me tira da ideia que este comportamento faz parte da peculiar cultura do próprio futebol, o qual, ao que parece, se quer naturalmente tosco e virilmente abrutanado.

Confirma-se também que, ao contrário de qualquer outra modalidade desportiva, o futebol praticamente não evoluiu em termos técnicos nos últimos 20 anos. Os jogadores continuam a entrar em campo munidos apenas de uma natural habilidade para chutar na bola e rasteirar os adversários. Além de, obviamente, escarrar. Por isso é normal que os minutos do jogo se vão arrastando sem se vislumbrar qualquer técnica concreta, pensada e treinada para ser o mais eficaz possível, quer para dar origem a lances espectaculares, quer para atingir esse mais cobiçado objectivo que é o golo. Pelo contrário, tudo parece ser deixado ao acaso, à tal habilidade individual primária dos jogadores, tirando um ou outro lance na marcação de pontapés livres. É confrangedor!

Como se isso não bastasse, volta e meia assistimos a uma tremenda falta de disciplina dos jogadores, que se envolvem de forma infantil em lances e atitudes pelos quais acabam por ser penalizados com cartões. É possivelmente o pior exemplo que eu conheço de falta de profissionalismo, tanto mais reprovável quando se está em presença de profissionais superiormente pagos.

Falta de profissionalismo e de respeito humano. Muitos destes lances e atitudes são do mais grosseiro em termos de desonestidade e de pura agressão, física e verbal. Num dos lances do jogo de ontem, um jogador aproveita a queda do adversário para deliberadamente lhe maltratar as coxas com os pitões das botas, enquanto finge olhar para cima, para a bola. Punido com o cartão vermelho, esboça ainda um gesto de surpresa e de negação de qualquer falta.

Eis o futebol na sua vulgaridade habitual. Uma cambada de gajos violentos, fingidores, mentirosos e porcos, pagos chorudamente porque a populaça uiva de satisfação com estas práticas, a coberto de uma idiota e irracional simpatia clubística.

3 Comments:

Anônimo said...

Isto falando de futebol masculino...

Mas tambem, a crer nos últimos estudos divulgados sobre elas preferirem mesmo eles feios porcos e maus (sabe-se lá sobre que população foi realmente feito esse estudo), esta cultura futebolística típica, agradará tanto a eles como a elas.

PJ said...

Como qualquer desporto, incluindo o jogo da carica que se pratica no largo frente à Tasca, há bom e mau futebol, e até hoje nunca se percebeu muito bem porque é que um desporto com ranhetas e escarretas como nenhum outro, provoca idiotas e irracionais simpatias clubisticas como nenhum outro.

Talvez o simpático aforismo violento-amoroso "quanto mais me bates mais gosto de ti", tenha uma equivalência para o espectador da bola, qualquer coisa do género "quanto maior é a ranheta, menor é o perneta ", entenda-se, melhor é o jogador.

Pinto Madeira said...

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gostei...