terça-feira, 30 de outubro de 2007

O poder da inércia, ou a inércia do poder


Está um gajo a ver o jogo FCP v LEIXÕES SC quando, no intervalo, aparecem dois anúncios seguidinhos que deixam um gajo a pensar.

Ainda pensei em ir para casa no intervalo e aconchegar-me à beira da minha Maria, isto enquanto a coisa ainda funciona sem comprimidos milagrosos.

Mas depois pensei “porra, deixa-me lá ver a segunda parte e emborcar mais umas bejecas, pois enquanto estou aqui parado a ver 22 gajos a jogar à bola (neste caso foram só onze – os do Porto), não penso na crise, nas prestações, nos caloteiros e nas rasteiras que o destino prega à nossa vida (ou será ao contrário?)”.

Afinal, lendo bem nas entrelinhas daqueles dois anúncios, vemos:

1.º - Um gajo que é pago principescamente por um banco (ele e os administradores), para aparecer deitado num colchão, colchão esse que deve ser de algum cliente depenado, pois roupita da cama nem vê-la;

2.º - Provavelmente o mesmo gajo uns anitos mais tarde, deitado na cama (esta com roupita - pudera, não fosse o gajo um príncipe) com a sua Maria, dando-se ao luxo de fazer intervalos nas suas obrigações enquanto macho, isto porque lhe apareceu a meio um compromisso inadiável, prometendo no entanto à Maria que voltava para continuar com as palhaçadas, pois o efeito do remédio milagroso dura que se farta.

Pergunto:

- Quem é que anda a atira-nos areia para os olhos, pois se um gajo não tem possibilidades sequer de economizar, quando as terá para comprar medicamentos que nos levantem a moral, se entretanto aparecem os problemas da próstata, os bicos de papagaio, a osteoporose e, com jeitinho, as doenças de Parkinson ou Alzheimer?

1 Comment:

Pinto Madeira said...

"comprimidos milagrosos".... "problemas de próstata"..."bicos de papagaio".. "levantar a moral"...


oh XN... há algo que nos queira contar??? denotei uma mensagem escondida???