Antes de mais, as minhas desculpas ao Silva pela minha fraca produtividade aqui na Tasca, desculpas essas extensíveis aos colegas tasqueiros (menos uma) e a toda a nossa digníssima clientela.
Quando ia a entrar aqui no estabelecimento, não pude deixar de reparar na tabuleta colocada à entrada. Jesus, aquilo só pode ter sido escrito por essa linguaruda que é a Patrícia Micaela (PM), nome tipicamente português. Confesso que ainda não percebi muito bem como é que tal personagem foi admitida neste estabelecimento, que se pretendia digno e de sã convivência. Bem, se calhar até percebo, basta ver que ela é filha do Quim das Toiras, Presidente da junta aqui do burgo. Como a rapariga já vai a caminho dos trinta e ninguém se chega à frente para ficar com aquela rica prenda, o Quim lá pensou “ora bem, se a rapariga trabalhar ali na Tasca do Silva - o qual me deve uns favores - pode ser que alguém a leve, de preferência um daqueles camionistas de transportes internacionais que necessite de companhia pràs viagens, a ver se a miúda desatranca lá de casa, que eu já não tenho pachorra para a aturar”. Coitado do Quim (e de nós), desconfio que tão cedo não vai ter essa sorte, dado o tamanho da língua da filha, as suas linhas arredondadas que estão na fronteira entre uma bola de râguebi e uma de futebol (mais a fugir para esta última), o seu aspecto desajeitado, já para não falar em questões de higiene, nomeadamente aquele seu ar seboso e aquele avental sempre todo badalhoco, que mais parece uma pintura abstracta de um pintor em inicio de carreira. Rezemos para que um dia apareça aqui no estabelecimento um daqueles camionistas não menos sebosos que a dita cuja, aqueles indivíduos cabeludos e barbudos, de “unhaca” alongada para fins higiénicos, com uma tatuagem no braço alusiva ao seu amor pela Mãe e com as calças descaídas a ver-se a “regueira”. Em suma, um daqueles indivíduos que tanto arrotam por cima como por baixo, num total despudor.
Bem, reconheço que aquela tabuleta também teve efeitos positivos na minha pessoa, pois pôs-me a pensar na temática da caldeirada, prato muito apreciado cá no nosso rectângulo à beira mar plantado. Ele há a caldeirada de borrego, a de cabrito, entre outros animais, sendo no entanto a mais famosa a caldeirada de peixe.
Debrucei-me então nesse rico prato de peixe, no qual se podem juntar, de uma forma harmoniosa, belos peixes, nomeadamente o tamboril, o robalo, o salmonete, a sardinha, a raia, o ruivo e até o carapau, entre outros.
Quando ia a entrar aqui no estabelecimento, não pude deixar de reparar na tabuleta colocada à entrada. Jesus, aquilo só pode ter sido escrito por essa linguaruda que é a Patrícia Micaela (PM), nome tipicamente português. Confesso que ainda não percebi muito bem como é que tal personagem foi admitida neste estabelecimento, que se pretendia digno e de sã convivência. Bem, se calhar até percebo, basta ver que ela é filha do Quim das Toiras, Presidente da junta aqui do burgo. Como a rapariga já vai a caminho dos trinta e ninguém se chega à frente para ficar com aquela rica prenda, o Quim lá pensou “ora bem, se a rapariga trabalhar ali na Tasca do Silva - o qual me deve uns favores - pode ser que alguém a leve, de preferência um daqueles camionistas de transportes internacionais que necessite de companhia pràs viagens, a ver se a miúda desatranca lá de casa, que eu já não tenho pachorra para a aturar”. Coitado do Quim (e de nós), desconfio que tão cedo não vai ter essa sorte, dado o tamanho da língua da filha, as suas linhas arredondadas que estão na fronteira entre uma bola de râguebi e uma de futebol (mais a fugir para esta última), o seu aspecto desajeitado, já para não falar em questões de higiene, nomeadamente aquele seu ar seboso e aquele avental sempre todo badalhoco, que mais parece uma pintura abstracta de um pintor em inicio de carreira. Rezemos para que um dia apareça aqui no estabelecimento um daqueles camionistas não menos sebosos que a dita cuja, aqueles indivíduos cabeludos e barbudos, de “unhaca” alongada para fins higiénicos, com uma tatuagem no braço alusiva ao seu amor pela Mãe e com as calças descaídas a ver-se a “regueira”. Em suma, um daqueles indivíduos que tanto arrotam por cima como por baixo, num total despudor.
Bem, reconheço que aquela tabuleta também teve efeitos positivos na minha pessoa, pois pôs-me a pensar na temática da caldeirada, prato muito apreciado cá no nosso rectângulo à beira mar plantado. Ele há a caldeirada de borrego, a de cabrito, entre outros animais, sendo no entanto a mais famosa a caldeirada de peixe.
Debrucei-me então nesse rico prato de peixe, no qual se podem juntar, de uma forma harmoniosa, belos peixes, nomeadamente o tamboril, o robalo, o salmonete, a sardinha, a raia, o ruivo e até o carapau, entre outros.
Há no entanto um peixe que não encaixa num prato daqueles, no qual, como já disse, impera a harmonia. Perguntarão vocês que raio de peixe será esse??? – Eu respondo: O tubarão! - Sim o tubarão, verdadeiro predador dos oceanos, nunca poderá ficar bem ao lado de outros peixes de dimensões substancialmente mais pequenas. Se não vejamos este exemplo:
O que acham que o TUBARÃO estará a pensar ao cumprimentar o CARAPAU??? – Eu digo-vos o que vai no pensamento do peixe que se julga o maior desse oceanário em ponto gigante, que é o mundo de hoje: “Este gajo é mesmo artolas. Um dia destes abocanho-te e tu nem dás por isso!”
Mas, meus amigos, o mal deste mundo não está propriamente nos tubarões. Digamos que está mais no peixe miúdo com aspirações a ser graúdo, nem que para isso tenha de se subjugar àqueles que mais não querem senão comê-los!
É pá, com isto tudo, quase me esquecia de mencionar outros dois peixes, com os quais nós aqui na Tasca fazemos autênticas iguarias e que também são dois sérios aspirantes a aspirante de tubarão. Quem são eles, quem são?????
Minhas Senhoras e meus Senhores, é com muita honra que lhes apresento ……(rufos de tambor) …., o JAQUINZINHO e a ENGUIA:
5 Comments:
Magnífica caldeirada esta. Só lhe faltaram, pra meu gosto, algumas trutas, daquelas bem grandes que, vai-se a ver, não são carne nem peixe, antes pelo contrário. Bom proveito!
Bem, uma das coisas que eu disse a mim mesmo quando aceitei o convite para postar neste estabelecimento, é de que nunca iria sequer ler os comentários aos meus posts, de forma a não cair na tentação de comentar comentários, pois, como pessoa desequilibrada que sou, podia eventualmente ser menos simpático para com um ou outro comentador.
Confesso no entanto que, ao ver que havia neste post um comentário (milagre), pensei logo que o mesmo seria da nossa colega linguaruda "PM" e aí vi-me tentado a abri-lo, pois se há pessoa que não suporto é precisamente aquela personagem e a essa eu nunca a deixaria sem resposta.
Afinal enganei-me e dada a minha boa educação, não me resta outra hipótese se não responder ao colega "eb":
Percebi a mensagem colega, mas tal peixe foi por mim propositadamente deixado de fora para outros posts, nomeadamente um em que, se Deus quiser, hei-de falar dos belos tempos em que eu, grande pescador de águas doces (bem, digamos que era mais pelas pingas e pelos pratos tradicionais), ia com frequência pescar (era mais tentar pescar, pois já nessa altura até a porra dos peixes não gostavam de mim) para a barragem da Caniçada e para a dos Pisões (mais para esta última, dada a grandiosidade da barragem e da bela posta que por ali é servida - já para não falar do borrego).
Mas sabe colega "eb", esse peixe já não é o que era, dada a cultura intensiva dos dias de hoje (aquacultura). Belos eram os tempos em que pescar (mais comer) uma truta salmonada ou uma arco-iris nos dava um prazer do caraças.
Hoje em dia, digamos que não faltam por aí trutas aos pontapés (e a quem muitas vezes nos apetecia pontapear duma forma violenta).
Com todo este paleio, acabei por ter uma ideia: Porque é que nós aqui na tasca não colocamos, ao lado do boneco criado pelo homem que introduziu na nossa cultura esse gesto tão nobre que é o manguito, um azulejo com os dizeres "aqui se juntam pescadores, caçadores e outros mentirosos"?
Um abraço!
Acabaram de me informar que a Patrícia Micaela (PM) está a trabalhar na Tasca do Silva.
Cá o “je” é um admirador da piquena, (prontos, confesso que suspiro por ela), desde os tempos em que ainda andava com os fundilhos rotos (os dos calções, claro).
O problema é que o Quim das Toiras, que não é flor que se cheire, sempre que alguém se atrevia a olhar para a moçoila, eram um ver se te avias.
Aqui o zH, mais conhecido em piqueno pelo carinhoso diminuitivo de zh, um dia, no adro da igreja (sim, que a PM cantava no grupo coral), atreveu-se a esboçar um sorriso para a garina e tá-se mesmo a ver: o Quim das Toiras, que ainda não era o Presidente, mas que já sonhava, roncando alto, com grandes voos na pulítica, decidiu treinar a parte do avoar com a pessoa do zH. Resultado: o zH ficou com um piquinino problema de esfíncter.
Do episódio resultaram ainda outros traumas: o H ao lado do z cresceu, mas o z ao lado do H ficou sempre piqueno e, ainda mais grave do que isso, o zH nunca conseguiu ser aquilo que queria ser, quando fosse grande: guiar um caminhão, daqueles de dezoito rodas!
(este XN é uma seca do caraças)...
além de falar de "loiça para escarrar" ainda vem falar de caldeirada... soubesse ele ao menos o que é uma boa caldeirada... vai-te às punhetas e fica por elas pá....!!!
;o)
Pois a mim, esta caldeirada, soube-me a Polvo, vá-se lá saber porquê!
Post a Comment