quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A carta

A carta veio pela manhã.

Horácio
Se prezas a boa amizade, ajuda-me nesta provação. Espero-te às onze horas na estação.
Sempre tua
Adelaide

A princípio fiquei tentado a ir imediatamente. Depois surgiram-me dúvidas. Reli aquilo.

Em primeiro lugar, não gostei da adjectivação da amizade.
Em segundo lugar, não gosto de provações.
Em terceiro lugar, já eram onze e meia.
Em quarto lugar, a Adelaide nunca fora minha, nem eu sabia sequer quem era a Adelaide.
Em quinto lugar, eu não me chamo Horácio.
Não fui.

2 Comments:

Anônimo said...

"Isto de andar a emprestar a minha mota mais capacete incluido ali ao puto da esquina tem que acabar. Qualqer dia ainda dizem que ando a oferecer voltinhas a Catia Vanessa! Era o que faltava! ainda s fosse a Teresinha que é tãaaaaaaaaaaaao timida..... E já agora será esta Adelaide a mesma Adelaide professora de Ingles ali da escola? Aquela quarentona toda enxuta? "- pensou Praxedas com os seus botoes
" Ai ai senão fosse quase hora do almoço até que ia dar uma voltinha , de coooomboio, so para veeeeeer melhor"

Anônimo said...

A Tekas tirou-me as palavras da boca.... e se a Adelaide fosse boa como o milho? (não transgénico, claro)